segunda-feira, 18 de dezembro de 2017




À Minha mãe

Como as flores de uma árvore silvestre
Se esfolham sobre a leiva que deu vida
A seus ramos sem fruto,
Ó minha doce mãe, sobre teu seio
Deixa que dessa pálida coroa
Das minhas fantasias
Eu desfolhe também, frias, sem cheiro,
Flores da minha vida, murchas flores
Que só orvalha o pranto!

Manuel Antônio Álvares de Azevedo



Art By Simon Mendez

Foto: https://www.pinterest.pt/cinafraga/