O Poema de Amor à Beira Mar
Já a tarde era poema.
As nossas mãos as caricias leves.
No areal perdidos buzios,
Tantos como todos os beijos nascidos,
Na flor de sal do teu palato amor.
Enleaste-me pela cintura.
Disseste!
Sardenta, rapariga que te dás a beijar ao sol.
Ri!
Me dou a beijar a ti.
Olha bem a minha boca,
Nasce nela a sede de te beber.
Trago de água fresca,
Sabor a ostra com limão.
Rimos tanto...
E já a tarde era poema.
Ali, no areal de búzios pequeninos.
Fomos amor, mar, poesia,
Verbo amar.
O coração batia..
os lábios se davam.
Sabiam a ostras marezia.
Beija amor esta sardenta rapariga.
Augusta Maria Gonçalves
27-8-2018
Foto: https://www.pinterest.pt/cinafraga/