Desencanto

 

Eu faço versos como quem chora

De desalento. . . de desencanto. . .

Fecha o meu livro, se por agora

Não tens motivo nenhum de pranto.

Meu verso é sangue. Volúpia ardente. . .

Tristeza esparsa... remorso vão...

Dói-me nas veias. Amargo e quente,

Cai, gota a gota, do coração.

E nestes versos de angústia rouca,

Assim dos lábios a vida corre,

Deixando um acre sabor na boca.

Eu faço versos como quem morre.

 

 

Manuel Bandeira, poeta brasileiro 1886/1968

 

 Dia 15 de Abril - Dia Mundial das Artes

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Não sou nada. 

Nunca serei nada, não posso querer ser nada. 

À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo. . 

 

Fernando Pessoa 

 

 

 

Street art Dell'artista Sergio Odeith, è nato nel 1976 in Portogallo.

 

 

 

 

 

Vem, veste-te de luz, põe o cântico na alma, espanta os teus medos, e deixa que o soluço saia da garganta, enxuga as lágrimas deixa que a energia da paz, e do bem, ilumine os teus olhos.

Devagarinho levanta, vamos caminhar sem presa.

 

MJCabrera

 

Maria Magdalena Osthuizen Painter

 

 

 

 

 

Pai, perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem!

 

Lucas 23

 

Charcoal (art)